domingo, 3 de julho de 2016

Somos livres para plantarmos o que quisermos.
Destinados, no entanto, a colhermos o que plantamos.

Esta “Lei Universal”, tão mal interpretada, é vista normalmente como um castigo divino, onde o indivíduo sai como vítima do “implacável” destino.

Deus não castiga! “Deus não castiga seus filhos. Ele é só perdão.

Nós criamos este Deus punitivo para que, pelo medo, tenhamos força para nos corrigirmos. Na verdade, quem nos pune é a nossa própria consciência.

A Religião não é para fazer o que eu quero, é para me ensinar a entender que tudo quanto possuo ou me atinge é do meu merecimento.

É a lei: do dar e receber, ação e reação, do plantar e colher. Ninguém recebe nada, em lugar do outro. Ninguém colhe o que não plantou e ninguém pratica o bem para receber o mau em troca.

Cada Ser tem seu aprendizado no dia-a-dia, com experiências diferentes, mas ensinamentos idênticos, pois, as lições do Cristo só mudam na maneira de serem aplicados, eles são iguais em seus conteúdos e, estendidos para todos os seus filhos, sem distinção.


Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta.

A cura real somente acontece do interior para o exterior...

Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.

Conte a seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.

Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.

Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.

Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em sí o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo.
Não querem mudar de vida.

Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.

Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.

Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.

Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.

Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.

Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.

Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.

Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é um deles e por certo, o principal recado que lhe chega da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em sua vida.

Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curam por dentro.

Há dois mil anos esses remédios estão à nossa disposição. Quando nos decidiremos?

Autoria: José Carlos De Lucca